UNCHARTED 2: AMONG THIEVES

on 15:32

Neste natal decidi comprar aquele que para muitos é um dos melhores jogos de 2009, e talvez o melhor jogo para a PlayStation 3. Falo de Uncharted 2: Among Thieves.

Uncharted 2: Among Thieves traz-nos de novo Nathan Drake, o novo herói acidental criado pela Naugthy Doug. O primeiro jogo, de nome Uncharted: Drake's Fortune abriu-nos as portas a um dos mais belos jogos que saíram até à data na PS3. Pecava por ser um jogo pequeno, com puzzles demasiado fáceis e sem qualquer modo online, que remetia a longevidade para novas incursões no modo single-player. Numa primeira instância, este novo jogo não parece fugir da formula criada, mas isto só mesmo num olhar menos atento e desajeitado. Uncharted 2: Among Thieves é uma verdadeira sequela, e não pretendeu apenas pegar na fama ganha, como ainda se reinventou e trouxe um jogo muito mais solido, com uma história coesa, com um guião realista e bem estruturado, apimentado por tudo o que de bom tem um grande blockbuster. Imensa acção, expulsões, tensão, adrenalina, drama, romance, e uma vertente cómica fantástica, que no nosso bom português, damos os parabéns pela fantástica localização. Simplesmente genial. Não deixando claro de lado o papel da sonoplastia, com uma banda sonora fantástica, com músicas colocadas consoante o ambiente, e efeitos sonoros muito bem conseguidos.

Existe sempre certas coisas que nos cativam em certos videojogos, e em Uncharted 2, pessoalmente são as animações das personagens, principalmente nas cut-scenes. Poderão não ser as mais reais até à data, mas a forma como interagem uns com os outros, a colocação do corpo, do rosto e de todos os pormenores das mãos, ancas (sim ancas) tornam cada personagem numa pessoa real e muito credível. É como de actores reais se tratassem, e melhorando tudo isto, a passagem das cut-scenes para o jogo propriamente dito é feita de forma instantânea, que quando damos conta já estamos no controlo da personagem. Interessante é verificar o destaque que foi dado a Chloe Frazer, a nova menina morena bonita, e também ao modelo do ano passado (como comicamente se intitula) Elena. Foi explorado ao máximo a sensualidade destas duas meninas, deixando Nathan Drake numa posição muito ingrata.

Um dos factores de alguma frustração no primeiro jogo, era a jogabilidade, principalmente em zonas apertadas, nas escaladas e também no sistema de cover. Tudo isto foi redesenhado, estando agora muito mais aperfeiçoado. Falando do sistema de cover, penso que as melhorias estão mais nas opções de câmara do que no sistema em si. Raramente, ou quase nenhuma vez fiquei em modo de protecção e com a câmara a atrapalhar ou numa posição estranha, prejudicando a jogabilidade. bastando pressionar o botão circulo, somos projectados para a parede, canto, ou saliência que nos permite um abrigo, ficando agarrados nessa superfície até puxarmos para a frente a personagem. Já em termos das escaladas, principalmente na percepção das distância e zonas onde nos podemos segurar, poderiam estar mais bem conseguidas, ou na melhor das hipóteses, Drake deveria agarrar-se onde realisticamente se poderia agarrar.

Uncharted 2: Among Thieves vive do factor surpresa, e da aventura em si, e falar mais sobre a história e sobre as personagens e tipo de aventuras, e como se irá processar, seria no fundo uma má opção da minha parte. Isso é algo a ser descoberto por cada um de vocês e apreciado individualmente. No fundo a Naughty Dog, conseguiu criar um jogo extremamente equilibrado, onde todas as partes se conjugam de forma quase perfeita, onde julgo que não houve uma única altura em que tenha reclamado de alguma coisa, ou que algo estava mal empregue. O que me queixei foi sim de alguma dificuldade em certas zonas. São os nervos da derrota.

Em termos de enredo, Uncharted 2: Among Thieves leva-nos numa viagem fantástica de aventura e descoberta. A história desenrola-se anos depois dos acontecimentos narrados no primeiro jogo. Agora não estamos circunscritos a um único lugar, mas viajaremos por diferentes locais, criando pelo caminho amigos e claro muitos inimigos. Contamos com paisagens díspares, que vão desde selva luxuriante e quente, a paisagens geladas do Nepal. Nathan Drake vai em busca dos tesouros perdidos pelo explorador Marco Polo, a quando da sua volta com 14 navios, mas que apenas 1 chegou ao seu destino. Como Drake gosta de aventura nem pensa duas vezes, mas talvez fosse melhor tê-lo feito. Para esse fim, Drake retorna aos mesmos locais onde Marco Polo esteve, e não me alongando muito na história, que é um dos principais atractivos, apenas posso afirmar que está muito bem escrita e com aventuras e desventuras pelo caminho. Muitas personagens vão entrando em jogo, sendo que estaremos quase sempre acompanhados por outra pessoa.

Após o término do jogo somos recompensados por inúmeros presentes, ou artefactos que fomos coleccionando durante o jogo. Todas essas conquistas dão-nos dinheiro, que poderemos usar na compra de itens, como roupas, armas, filtros de cor, vídeos, e também imagens e artwork, quer para uso no modo single-player, como multiplayer. Em termos de longevidade, Uncharted 2 é maior em relação à primeira parte, a média poderá rondar as 15 horas, na verdade, é provável que nem dês por isso, porque simplesmente não vais querer largar o comando.

Uncharted 2: Among Thieves coloca novamente a fasquia da qualidade muito alta, sendo um dos melhores jogos deste ano. Um jogo desses só pode receber a pontuação:

10/10

Fonte: Eurogamer

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